MPDFT é um dos integrantes da Rede e celebra em conjunto com as demais instituições e população da cidade.
Com o objetivo central de articular pessoas, instituições e serviços para a defesa dos direitos da comunidade de Ceilândia, a Rede também busca fortalecer o combate à violência, concebida nas suas amplas variações, e articular estratégias relacionadas ao combate à violação de direitos na cidade.
Para Janaína Bezerra, da Assessoria de Perícia e Acompanhamento de Políticas Públicas da Coordenadoria de Psicossocial do MPDFT, a Rede tem uma importância crucial para a população das cidades, pois reúne instituições que trabalham juntas por um objetivo em comum e conseguem, assim, maiores resultados. “Esse evento marca uma trajetória de muitos desafios e conquistas para a população da Ceilândia. A rede é um espaço potente de controle social e, nas palavras de Everardo, educador social é um lugar ‘colaborativo e afetivo’”.
Maria Suely, que faz parte do Justiça Comunitária, se diz orgulhosa por pertencer à Rede Social da cidade. "Sou pioneira na Rede de Ceilândia e nos reunimos uma vez ao mês para resolvermos os problemas juntos. Nós seguramos na mão uns dos outros para conseguirmos atingir um objetivo. Temos muitas pessoas unidas para resolver essas questões e, com isso, muitas conquistas. Eu levei o questionamento sobre as UBS e fizemos um amplo debate com os responsáveis, traçamos uma meta e conseguimos algumas resoluções. A Rede é uma conquista primordial da comunidade, quando ela tem sua voz, lá é quando falamos de políticas públicas para melhorar a vida da população", explica.
Histórico da Rede de Ceilândia
A Rede Social de Ceilândia surgiu em fevereiro de 2008, a partir do trabalho de servidores do Serviço de Atenção a Famílias em situação de Violência, da Secretaria Psicossocial Jurídica do TJDFT, que se articularam com outras instituições e atores da comunidade de Ceilândia, no intuito de integrar os serviços e enfrentar a violência e as violações de direitos contra a população da cidade, em busca de promover uma gestão democrática, horizontal e participativa.
Em 2009, foram definidos os objetivos, princípios e diretrizes da Rede. Ao longo desses 15 anos, algumas ações merecem destaque, como o panelaço pela saúde mental e implantação do Caps/AD em 2009; o evento “A Rede faz!”, realizado com o objetivo de apresentar as cinco demandas urgentes da Ceilândia a serem priorizadas pelo Governo do Distrito Federal em 2011; e o movimento pelo não fechamento do Sesi, com a realização de um abraço simbólico na Instituição em 2012, resultando na criação da Escola Parque que atende crianças e adolescentes oferecendo atividades esportivas e de música no contraturno escolar.
Em 2015, essa Rede apresentou um relatório à Procuradoria dos Direitos do Cidadão (PDDC) sobre graves problemas enfrentados pelos serviços da assistência social em Ceilândia, dando início ao acompanhamento dessa política no MPDFT.
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