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Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça
Em Bastardos inglórios, Tarantino traz para a tela personagens que existiram em carne e osso – Hitler, Göring, Goebbels – mas que morreram de modo fictício, queimados em um cinema em Paris, na première de uma fita de propaganda. Na verdade, esses três se mataram na Alemanha, nenhum com fogo. Hitler só esteve na Cidade Luz uma vez, já como Führer, em 1940, e fez um passeio de três horas que não incluiu visita a cinema.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça
Determinados postos são dotados de vasta parafernália para lhe conferir dignidade, relevância e até uma certa majestade. Vamos pensar no cargo de juiz. Imediatamente ao envergar a toga, seu titular passa a ser tratado por “doutor” (como advogado, já o era, mas não é a mesma coisa), “excelência” e “meritíssimo”. Dispõe de um gabinete com assessores (o quanto os assessores fazem o trabalho do chefe é matéria de curiosidade ou maldade públicas; isso depende de cada um mas, em todo o caso, a assinatura e a responsabilidade são deste e não daqueles), talvez motorista ou segurança. O garçom traz café, lanches, trata com rapapés, sentindo-se honrado por servir a autoridade, gabando-se disso com os vizinhos. E por aí vai.