O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
O desencantamento do mundo traduziu a humanidade em nome da razão, ou seja, do esforço intelectual e prático de aproximação da realidade como ela é, não como se gostaria que fosse, sem vestígios de fantasia mais ou menos elaborada, de solipsismo. Esse processo produziu uma espécie de esquecimento – talvez ingratidão --, que se transformou num óbvio absconso e abstruso, num problema que não foi resolvido mas que também não incomoda. Em artigos futuros, darei exemplos disso, que estão em toda a parte, de churrascarias a anticoncepcionais.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
“O fato de uma pessoa ser grande autoridade em algum assunto não elimina a possibilidade de acertar de vez em quanto” (Millôr Fernandes)
Tenho me dedicado nos últimos artigos a refletir sobre questões voltadas à filosofia da ciência. Não é fácil fazê-lo em 1800 caracteres por semana, mas acho que deu para fixar alguns pontos importantes com certa clareza.
Voltarei à carga futuramente, mas não mais contextualizando as explicações no domínio da paleoantropologia, e sim da astronomia. Um pouco da história daquela disciplina foi útil para trabalhar o tema; a astronomia decerto proporcionará a mesma contribuição. Há uma diferença crucial entre elas: a paleantropologia cuida de objetos distantes no tempo, e a astronomia, no espaço. A primeira trata de coisas que estiveram bem aqui, mas não estão mais; a segunda se ocupa de coisas que existem agora, mas não aqui, e sim longe, longe por demais.