O Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou à Justiça, nesta segunda-feira, 24 de abril, dois homens acusados de serem os responsáveis pela invasão do sistema do Banco de Brasília (BRB) e de chantagear os gestores da instituição para que os dados não fossem divulgados.
Os crimes ocorreram em outubro do ano passado e um dos acusados foi preso em janeiro deste ano no âmbito da operação Black Hat. A prisão ocorreu no estado de São Paulo. Na operação foram encontradas provas da participação de um segundo criminoso.
De acordo com a denúncia, após capturarem clandestinamente as informações dos clientes da instituição financeira, os denunciados passaram a extorquir os gestores do BRB, com a ameaça de divulgar os dados sigilosos na imprensa e na deepweb.
Para que as informações não fossem divulgadas, os criminosos exigiram o pagamento de 50 bitcoins. Na época, o montante em moeda digital foi cotado em R$5.273.772,22.
A negociação foi acompanhada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do DF (PCDF), responsável pela investigação, que orientou os funcionários do banco a não fazerem nenhum tipo de pagamento.
Somadas as penas de todos os delitos, os dois homens podem pegar até 26 anos e cinco meses de prisão e multa. Além da condenação dos envolvidos pelas práticas criminosas, o Ncyber/MPDFT solicitou à Justiça que os investigados sejam condenados ao pagamento de R$500 mil por danos morais coletivos