O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Raoni Maciel
Promotor de Justiça do Núcleo do Tribunal do Júri e Defesa da Vida do MPDFT
Nesta semana, em 9 de março, a Lei 13.104, que criou a qualificadora do feminicídio, completou 5 anos de vigência. Quem trabalha de perto com a tragédia do morticínio de mulheres em Brasília sentiu nesse período uma mudança significativa. Acima de tudo, a alteração da forma como a sociedade vê, e o fato de que agora vê esses crimes, foi uma autêntica revolução. A imprensa do Distrito Federal contribuiu positivamente para que isso acontecesse. Ao divulgar os casos, sobretudo as histórias trágicas por trás de cada caso, e ao cobrar justiça das autoridades constituídas, a imprensa, sem dúvidas, exerceu e exerce um papel fundamental nessa transformação.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Machado de Assis era filho de Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado Câmara. O pai era um pardo forro ou, mais provavelmente, um preto forro (na época se dizia “preto” e não “negro”). “Forros” eram os escravos que tinham sido alforriados, ou seja, conquistaram a liberdade por benevolência de seus donos ou porque compraram a carta. De acordo com censo de 1819, os forros eram minoria mas não eram tão poucos: 159.500 contra 1.728.000 cativos e 843.000 brancos.