O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Los dictadores y lós regímenes autoritários pueden destruir a los escritores de dos modos: persiguiéndolos o colmándolos de prebendas oficiales (R. Arenas).
Reinaldo Arenas foi preso em uma situação inopinada. Em 1973, foi com um amigo, Coco Salá, à praia de Guanabo. Lá conheceram uns rapazes com os quais tiveram interação íntima, mas que também furtaram suas bolsas. Coco cometeu o erro de chamar a polícia. Ao serem pegos, os ladrões retrucaram, dizendo que foram assediados por aqueles “maricones” e que, sim, pegaram suas bolsas e estavam justamente indo à delegacia para denunciá-los. Tal versão convenceu. Foi levantada a ficha de Arenas e verificou-se que ele era um contrarrevolucionário que havia publicado livros no exterior, sem autorização, em “incessante propaganda contra o regime”. Ficou detido e liberado mediante fiança.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Eis a abertura do romance "Esaú e Jacó", de Machado de Assis. "Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram a subir pelo lado da rua do Carmo". O narrador está falando as irmãs Natividade e Perpétua, que procuravam uma adivinha conhecida como "Cabocla", para fazer uma previsão sobre o futuro dos gêmeos, filhos de Natividade.