O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Diógenes Coimbra
Filósofo
Aleixo acabava de entrar no seletíssimo grupo dos quarentões. Espirituoso, arguto e, sobretudo, guapíssimo, era sucesso inconteste entre as mulheres, das ninfetas de vinte às ninfomaníacas de cinquenta. À patroa amantíssima prometera fazer, passada a festa natalícia, um check up completo. Mera garantia de que a prole, pouca mas promissora, não ficaria desamparada dos abraços paternos nem dos largos proventos.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Diógenes Coimbra
Filósofo
Medo é o instinto com o qual a natureza nos agraciou a nós e a outras espécies para nos advertir dos riscos inerentes ao viver, instinto sem o qual nossa existência não ultrapassaria, com sorte, alguns poucos dias. O medo comporta graus, que são paulatinamente dosados no transcorrer da vida, por uma série intricada de capacidades inatas, entre as quais, em nós humanos, a consciência desempenha papel fundamental. Assim, do medo extremo, que acomete o covarde, à ausência completa dele, que caracteriza o temerário, situa-se a coragem. Daí dizer Aristóteles que a virtude situa-se na mediania entre os extremos.