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Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
No dia 2.4.1980, cinco cubanos penetraram na embaixada do Peru, em Cuba, para pedir asilo político, que lhes foi concedido. Contrariado, Fidel Castro mandou retirar a segurança em frente à embaixada, e o resultado é que outros 750 seguiram o exemplo dos cinco primeiros compatriotas. Em pouco tempo, esse número cresceu para assustadores 10.000.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Você pode ter a opinião que quiser acerca de Fidel Castro, até a pior possível. Pode detestá-lo à vontade. Mas um predicado seu não dá para negar: carisma.
Na definição clássica de Max Weber, carisma é “uma qualidade pessoal considerada extracotidiana e em virtude da qual se atribuem a uma pessoa poderes ou qualidades sobrenaturais, sobre-humanos ou, pelo menos, extracotidianos específicos”. É o caso de Fidel. Por algum motivo difícil ou impossível de entender – sua presença física exuberante e o fato de ser exímio contador de histórias, quase sempre mentirosas, explica apenas parte do fenômeno –, ele magnetiza as pessoas à sua volta, e as manipula, pois elas se rendem. “Poder” vem da noção de “poder” fazer as coisas, conseguir o que se deseja.