O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Se procurar na internet, você vai encontrar respostas para a pergunta “quem inventou” direcionada para tudo quanto é tipo de coisa: paraquedas, chiclete, bomba atômica, sobretudo etc.
As coisas de funcionamento demasiado complexo não têm como terem sido feitas por uma única pessoa. Quando muito, foram construídos protótipos ou modelos rudimentares, após anos de tentativas e erros, e que, em termos relativos, operaram de modo precário. Não estou absolutamente renegando os pioneiros, os visionários; esses foram grandes homens que precisam ser lembrados e reverenciados. Mas é com o tempo e o esforço de outras pessoas, muitas delas anônimas, que uma boa ideia se aperfeiçoa e se consolida no patrimônio material e no dia-a-dia de todo o mundo.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Vejam esta frase de Julián Marías: “É característico do homem inteligente ‘esperar’, não precipitar-se, deixar que o que aparece diante dos olhos ou procura penetrar pelo ouvido se manifeste por inteiro, exiba seus títulos de justificação, seja examinado por vários lados, de diferentes pontos de vista”.
Mesmo as coisas mais singelas, costumam ter mais de um lado. Dois, que sejam. Contentar-se com um único – ou, pior, recusar a existência dos demais – acarreta uma compreensão parcial, insuficiente ou errônea da realidade. Implica a aceitação de uma versão, e não do fato propriamente dito. O correto seria “esperar”, ou seja, fazer um exame minucioso para fins de um entendimento menos provisório, mais verdadeiro.