Acessibilidade, interligação de ciclovias e travessias seguras para pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência foram alguns dos pontos discutidos
A Rede Urbanidade reuniu-se, nesta segunda-feira, 20 de maio, com representantes da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Distrito Federal para apresentar contribuições à proposta de revitalização da Praça dos Três Poderes. O edital de licitação para a escolha do projeto foi lançado em abril.
Foram apresentadas ideias para garantir a acessibilidade, locais para estacionamento e guarda de bicicletas, interligação das ciclovias, travessias seguras para os palácios que circundam a praça e espaços de convivência. Também foi ressaltada a necessidade da instalação de banheiros públicos para os visitantes.
O promotor de justiça Dênio Augusto de Oliveira Moura, coordenador da Rede Urbanidade, explica que as propostas têm a finalidade de oferecer o ponto de vista do cidadão que usa o local. “A revitalização é uma oportunidade de repensar esse espaço público de relevância nacional. Priorizar as necessidades de pedestres e ciclistas é uma mensagem importante que Brasília tem a oportunidade de mandar ao mundo inteiro”, afirmou.
Para o representante da associação Rodas da Paz, Allan Araújo de Sousa, a discussão reforçou a necessidade de integração das áreas vizinhas com a praça. "Entendo como imprescindível a participação coletiva e cidadã para melhorar o acesso à cidade e, particularmente, o usufruto da praça mais importante do país”, destacou.
Revitalização
O projeto de restauração da Praça dos Três Poderes deve incluir a recuperação de estruturas comprometidas; piso novo de pedras portuguesas; restauro das obras de arte desgastadas; recuperação do Museu da Cidade; reforma do Espaço Lúcio Costa; iluminação da praça e dos monumentos; acessibilidade para pessoas com deficiência e baixa mobilidade; drenagem para evitar poças d’água e infiltrações; instalação de câmeras de segurança; e substituição de placas de sinalização. A reforma será financiada com recursos públicos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Estima-se, inicialmente, o custo de R$ 993 mill. O restante do valor ainda será estipulado. O Governo Federal encaminhará o projeto vencedor ao Governo do Distrito Federal, que realizará a licitação para a execução das obras.
A rede
A Rede de Promoção da Mobilidade Sustentável e do Transporte Coletivo (Rede Urbanidade), criada em novembro de 2019, é uma iniciativa da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) em parceria com estudiosos e representantes de associações e entidades que se dedicam à causa da mobilidade. O grupo tem como objetivo assegurar a participação efetiva da sociedade na elaboração, na implementação e na fiscalização da política local de mobilidade urbana. Além disso, pretende ser um espaço democrático de articulação, discussão e busca de soluções para os desafios existentes nessa área, na perspectiva do desenvolvimento sustentável.