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Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
“O fato de uma pessoa ser grande autoridade em algum assunto não elimina a possibilidade de acertar de vez em quanto” (Millôr Fernandes)
Tenho me dedicado nos últimos artigos a refletir sobre questões voltadas à filosofia da ciência. Não é fácil fazê-lo em 1800 caracteres por semana, mas acho que deu para fixar alguns pontos importantes com certa clareza.
Voltarei à carga futuramente, mas não mais contextualizando as explicações no domínio da paleoantropologia, e sim da astronomia. Um pouco da história daquela disciplina foi útil para trabalhar o tema; a astronomia decerto proporcionará a mesma contribuição. Há uma diferença crucial entre elas: a paleantropologia cuida de objetos distantes no tempo, e a astronomia, no espaço. A primeira trata de coisas que estiveram bem aqui, mas não estão mais; a segunda se ocupa de coisas que existem agora, mas não aqui, e sim longe, longe por demais.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Karl Popper chamava de “paradigma do real” qualquer objeto que “um bebê possa segurar e, de preferência, colocar na boca”. O termo “real” é a partir daí expandido para coisas grandes e diminuído para pequenas. Tais variações são imediatas; não é necessário se apelar para equipamentos de precisão. Por exemplo, um pedaço usual de pizza pode bem caber em uma mão, mas não abocanhado de uma só vez, e sim aos pedaços. Mas é claro que um pedaço de um pedaço de pizza é um pedaço de pizza.