O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
Sujeito vê a foto de uma paisagem e a acha bonita. Mas a pergunta é: o que ele acha “bonita” é a foto ou a paisagem? É enganoso isso. O que ele vê não é a paisagem. Esta só pode ser vista olhando-se para ela, com os próprios olhos; não há outro jeito. A foto não é a paisagem, e sim o seu retrato, que vem a ser uma maneira peculiar e indireta de se ter acesso àquela. Então, o que lhe agrada esteticamente não é de fato a paisagem, e sim a foto: eis a resposta que está no gabarito.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
O arqueólogo inglês Steven Mithen tem uma tese, desenvolvida no livro “A pré-história da mente”, segundo a qual os seres humanos, e mesmo primatas superiores, em volumes rudimentares, têm tipos de inteligência ou “domínios cognitivos”, que classificou como geral, social, técnica, naturalista e linguística.
São ali apresentadas incontáveis evidências da existência de tais domínios como categorias próprias, e também provas materiais de como cada qual se aperfeiçoou ao longo dos tempos. Mithen acredita que a mente moderna é fruto tanto das inteligências em si quanto da comunicação entre si, o que chamou de “fluidez cognitiva”. Numa espécie misteriosa de “big bang”, o conhecimento passou a se harmonizar, incrementando o pensamento abstrato, a paixão por metáforas e analogias, a sensibilidade artística e religiosa.