Em 2024, participam da iniciativa 60 unidades de ensino e 20 mil crianças e jovens dos ensinos fundamental, médio e superior
Foi realizada, nesta terça-feira, 25 de outubro, a reunião de apresentação do Programa NaMoral e convite para a seleção da edição de 2025. O evento ocorreu no auditório da sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e contou com a participação de dezenas de gestores e coordenadores pedagógicos.
Na abertura da reunião, a idealizadora do programa, promotora de justiça Luciana Asper, enfatizou o papel dos educadores na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. “Os professores são os líderes mais relevantes para que o Brasil venha a se tornar tudo que ele pode ser. As mudanças precisam ser semeadas dentro da escola”, afirmou.
A secretária de educação, Hélvia Paranaguá, falou de seu entusiasmo pelo programa e de suas potencialidades. “Queremos que nossos estudantes aprendam o que é integridade, e a escola é o lugar para esse aprendizado”, refletiu. O secretário de segurança pública, Sandro Avelar, também destacou o poder transformador do NaMoral. “As soluções permanentes para os problemas de segurança pública virão da educação. O que os senhores estão fazendo é construir um país mais seguro”.
O chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça, promotor de justiça Nísio Tostes, encerrou a abertura com uma consideração sobre a natureza do trabalho dos educadores. “Na Justiça, lidamos com o passado, com o crime que já ocorreu. Na escola, lida-se com o futuro, e é por isso que o NaMoral é um projeto caro aos nossos corações”, concluiu.
“Experiência maravilhosa”
O objetivo do NaMoral é criar um ecossistema de integridade nas comunidades escolares por meio de uma tecnologia social de fácil aplicação e baixo custo. O programa teve início em 2019 com nove escolas e 270 estudantes. Em 2024, chegou a 60 unidades de ensino e 20.000 crianças e jovens dos ensinos fundamental, médio e superior. Já foi aplicado nos Estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco e, em 2020, recebeu o 2º lugar no Prêmio CNMP na categoria “Redução da corrupção”.
Os participantes têm histórias de sucesso para contar. A supervisora do CEF 8 do Guará, Sara Rosaura Balduíno, disse que se apaixonou pelo NaMoral à primeira vista. A escola onde trabalha participa há três anos da iniciativa. “A experiência tem sido maravilhosa. Depois de cumprir a missão de serviço à comunidade em uma creche na Estrutural, as crianças se empolgaram e decidiram que vão continuar ajudando”, explicou.
O coordenador educacional Rosendo dos Santos Cruz, do CEF 312 de Samambaia, esteve na reunião para conhecer como será o programa em 2025. Sua escola participou pela primeira vez em 2024. “Tem sido uma aventura, mas conseguimos fazer um trabalho muito bonito”, acredita.