Profissionais foram aprovados em processo seletivo no Programa Residente e podem ficar até três anos no órgão
Tomou posse, na tarde desta segunda-feira, 29 de julho, a primeira turma de residentes aprovados no processo seletivo do Programa MPDFT Residente. No total, foram chamados 13 residentes para a área de TI, 4 para comunicação social, 2 para serviço social, 3 para estatística, 3 para psicologia e 30 para a área de Direito.
O processo seletivo teve em início em 8 de março com a abertura do período de inscrições e a prova subjetiva para a área jurídica e para as áreas de serviço social, psicologia e comunicação social foi aplicada em 28 de abril. Já os(as) candidatos(as) das áreas de TI e estatística participaram da etapa de entrevista no dia 2 de maio deste ano.
O programa Residente tem o objetivo de aproximar a instituição do ambiente acadêmico e proporcionar o aprimoramento da formação teórica de seus participantes. Ele constitui modalidade de ensino supervisionado e as atividades dos residentes serão desenvolvidas obedecendo ao tripé ensino, pesquisa e extensão. Essa é a primeira vez que é realizado esse tipo de processo seletivo e os novos residentes poderão permanecer no órgão por até 36 meses.
A iniciativa já é realidade em outros Ministérios Públicos do país e o modelo adotado pelo MPDFT segue os termos da Resolução nº 246/2022 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e as diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizaram essa modalidade de ensino supervisionado.
Os residentes receberão bolsa-residência mensal no valor de R$3 mil e auxílio-transporte no valor fixo de R$11,58 por dia efetivamente trabalhado de forma presencial. A jornada de trabalho será de 30 horas semanais.
O procurador-geral de justiça, Georges Seigneur, ressaltou a importância do diálogo, da cooperação e da união entre o MPDFT e o ambiente acadêmico na busca por soluções para os anseios da sociedade. Ao comentar sobre os desafios que precisaram ser superados para o lançamento do projeto, ele também destacou o compromisso da sua gestão com a inovação e a integração institucional: “Este programa traduz a relevância que a academia tem para o MPDFT. A partir deste aprendizado mútuo, teremos um melhor retorno à sociedade e o fortalecimento da instituição, conforme prevê a Constituição Federal”, disse.
Para a vice-procuradora-geral de justiça jurídico-administrativa e gestora do projeto, Selma Sauerbronn, o momento é de agradecimento. “Quero registrar que, além de aproximar a instituição da sociedade e do ambiente acadêmico, esse projeto foi desenhado com muito cuidado, partindo de um lugar seguro que é a residência da área da saúde”. Ela aproveitou para destacar o empenho de todos para a realização do Programa MPDFT Residente e reforçou aos residentes: “sejam bem-vindos a essa família. Aqui vocês vão encontrar profissionais que querem fazer uma boa entrega para a sociedade”.
A secretária-geral do MPDFT, promotora de justiça Cláudia Tomelin ressaltou o quanto o órgão irá se esforçar para contribuir com o aperfeiçoamento dos novos residentes. A diretora-geral da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), Raquel Branquinho, agradeceu a oportunidade da parceria parabenizou a iniciativa: “fomos chamados a trabalhar conjuntamente nesse projeto, aceitamos o desafio e estamos aqui para aprimorar o que for possível, colaborar com o olhar acadêmico e, a partir desse tipo de atividade, esperamos amanhã ter cada vez mais membros do Ministério Público muito vocacionados, que já passaram por aqui e já vivenciaram a realidade das atividades”, disse.
Para Márcio Augusto, residente jurídico de pós-graduação, essa será uma excelente oportunidade de início de carreira. “Minhas expectativas são justamente aplicar o conhecimento teórico aqui na prática, pois tenho interesse em me tornar membro do MP. Já estou aprovado em outros concursos públicos, mas enquanto aguardo, estou aqui para conhecer de forma mais aprofundada o Ministério Público, então para mim está sendo bastante válido, o promotor de justiça que está me orientando é muito bom”, avaliou.
Débora Martins, residente em Estatística, disse que o processo seletivo foi uma boa surpresa. “Eu fiquei muito feliz quando soube do programa, porque foi uma oportunidade perfeita, já que essa é uma área que eu já queria me profissionalizar, mas não tem muitas oportunidades de aprendizado no mercado, mesmo sendo uma área tão importante. Me esforcei bastante, tanto para a prova quanto para a entrevista, e agora estou muito animada e com certeza vou aprender bastante. Eu já adorei aqui o MPDFT, adorei meus colegas e os chefes”, destacou.
A residente jurídica Amanda Henrique ficou sabendo do processo seletivo pelo Instagram do MP e, como já estava estudando, viu como uma chance de testar seus conhecimentos. “Comecei há uma semana e estou gostando da experiência, já pude aprender várias coisas. Eu pretendo prestar concurso, por isso a residência também me chamou a atenção, por conta da carga horária me permitir continuar estudando e conciliar as duas coisas. Estar aqui nesse ambiente é um incentivo maior para estudar. E, por poder lidar com a matéria do Direito diariamente, a gente acaba vendo muita coisa que está estudando”, opinou.
Efraym Gomes, residente de Jornalismo, demonstra sua satisfação: “Eu fiquei muito feliz quando fui aprovado no programa Residência do MPDFT, ver as notas altas alcançadas pelas pessoas que concorreram por cotas, assim como eu, foi muito gratificante. Fazer parte desse órgão é algo que me motiva para aprender mais e contribuir para a melhora da prestação do serviço público e ao atendimento da sociedade. Eu tenho grandes expectativas na minha atuação aqui, pois agora é a vez de nós, residentes, mantermos essa qualidade em conjunto”.
A cerimônia foi realizada na sede do MPDFT e também contou com a presença do vice-procurador-geral de justiça do MPDFT, Antônio Marcos Dezan; do assessor de Políticas Institucionais, promotor de justiça Ruy Reis Carvalho Neto e da secretária de Gestão de Pessoas, Mariana Theophilo.