O procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Georges Seigneur, inaugurou nesta quinta-feira, 6 de junho, a primeira usina fotovoltaica do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A planta foi instalada na Promotoria de Justiça de Brasília II e a perspectiva de geração energética mensal do sistema é de 35 mil quilowatt-hora por mês, o que é suficiente para manter o funcionamento da unidade, reduzindo o valor da conta para a tarifa mínima obrigatória da concessionária.
Ao destacar que a inauguração da estrutura ocorre um dia após ao “O Dia Mundial do Meio Ambiente”, Georges Seigneur salientou que além da economia de recursos públicos, a iniciativa do MPDFT fortalece o compromisso da instituição com a sustentabilidade, com princípios do Pacto Global e com a Agenda 2030 da ONU.
“Esse é um momento muito especial para todos nós, pois alcançamos uma das melhores práticas ecológicas que é a produção de energia sustentável. Fico muito feliz por termos conseguido avançar. Também temos a questão financeira. Vejam, em três anos a geração desta usina vai pagar o investimento e a expectativa de durabilidade dos equipamentos ultrapassa os 20 anos. Se o Ministério Público cobra uma melhor utilização do meio ambiente, nada melhor que a gente fazer nossa lição de casa”, afirmou.
De acordo com a Secretaria de Projetos e Obras (SPO), responsável pela construção da usina, o valor pago em conta de luz nos últimos 12 meses em Brasília II foi de R$ 235 mil, com uma média de consumo de 22 mil quilowatt-hora por mês no último ano.
Com a geração própria, a expectativa é que o consumo energético do prédio seja suprido e o excedente, cerca de 13 quilowatt-hora por mês, será utilizado para dedução na conta de energia da sede do MPDFT. A construção da usina teve início no ano passado e as obras foram concluídas em cerca de 120 dias. A previsão para o retorno do investimento é de três anos.
A Secretária-Geral, promotora de Justiça Cláudia Tomelin, falou sobre a importância do projeto para o alcance das metas de economia de recursos públicos e para a consolidação do MPDFT como instituição ambientalmente responsável.
“O MPDFT desenvolve diversas iniciativas de proteção ao meio ambiente. São projetos que demonstram nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável. Aproveito para ressaltar que esta gestão é muito comprometida com esse trabalho e adianto que em breve lançaremos nosso plano de integridade e nele constam metas nesta área para os próximos três anos”, disse.
O coordenador da Promotoria de Justiça de Brasília II, promotor de Justiça Bruno Osmar de Freitas, comentou sobre o projeto entregue na unidade. “A usina se une aos demais equipamentos e rotinas sustentáveis que temos no edifício. Acompanhei a obra e percebi a qualidade do material e da execução do serviço. Além da questão ambiental, fica aqui o registro sobre a austeridade financeira desta gestão”, finalizou.
Projetos em andamento
Além de Brasília II, o edifício das Promotorias de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude também terá usina fotovoltaica. O projeto está em fase final de implantação e a capacidade de geração será de 8 mil quilowatt-hora por mês.
A sede das Promotorias de Justiça de Brazlândia será entregue com sistema de geração própria. A expectativa é que o valor mensal das contas de energia das unidades alcance a tarifa mínima da conta de luz.
Sustentabilidade no MPDFT
O MPDFT vem investindo em diversas medidas voltadas à preservação e a conservação do meio ambiente. Entre essas ações se destacam o sistema de aproveitamento de águas pluviais, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e a aquisição de produtos e serviços que possuem princípios de sustentabilidade.
Em relação ao projeto de captação da água da chuva, a SPO implantou o sistema na reforma de diversos prédios antigos e na inauguração das novas sedes do MPDFT. O recurso aproveitado é usado na irrigação dos jardins, lavagem de piso e uso nos vasos sanitários.
Já o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem o objetivo de contribuir para um maior controle do gerenciamento do lixo gerado na instituição. O projeto norteia a destinação correta do material orgânico e reciclável, conforme prevê a legislação vigente.
Outra ação relevante é a preocupação da instituição com os produtos e serviços adquiridos em licitações públicas. O MPDFT prioriza aquisições que possuem princípios de sustentabilidade. É levado em consideração a melhor relação de custo/benefício a médio e longo prazo e a preservação do meio ambiente.