O MPDFT informa que todos os textos disponibilizados neste espaço são autorais e foram publicados em jornais e revistas.
Eles são a livre manifestação de pensamento de seus autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento da Instituição.
Wanessa Alpino Bigonha Alvim
Promotora de Justiça do MPDFT
A deficiência está na pessoa ou se encontra no ambiente que a cerca, que não lhe proporciona o exercício dos direitos inerentes ao ser humano?
Esta indagação é importante, porque remete à questão da acessibilidade e confere a exata dimensão dos obstáculos que a pessoa com deficiência enfrenta para exercer sua cidadania.
Ivaldo Lemos Junior
Promotor de Justiça do MPDFT
1 - Maria Francisca Isabel Josefa Gertrudes Rita Joana é conhecida no Brasil como “A Louca”. Em Portugal, onde foi rainha a partir de 1777, entrou para a história com epíteto bem mais aprazível: “A Piedosa” ou “A Pia”. Em 1792, foi interditada por doença mental, atestada em laudo subscrito por nada menos que 17 especialistas, e o governo passou às mãos do filho, d. João VI (O Clemente), pai de Pedro I, avô de Pedro II e bisavô de Isabel. D. Maria veio com a família real para cá, no afogadilho da debandada das tropas de Junot (que acabaram se revelando mais um Exército de Brancaleone, maltrapilho e amador). Na ocasião, nas profundezas de sua inidoneidade mental, soltou frase famosa que na verdade é uma pérola de lucidez: “não vamos embarcar tão devagar, que pareça provocação, nem tão rápido, que pareça fuga”.