Promotores de Justiça representaram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta segunda-feira, 26 de junho, durante Seminário LBGTI+, que teve como tema “Escola de todas as cores: acolher as diversidades, respeitar as diferenças”.
Na ocasião, as promotoras Cíntia Costa e Luisa de Marillac receberam, da casa legislativa moção de louvor pelos relevantes serviços prestados e pela dedicação na defesa dos direitos humanos das pessoas LGBTQIAPN+. Para a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos (NDH), Cíntia Costa, a homenagem é resultado da atuação intensa do Ministério Público do DF na conscientização da necessidade de se combater todas as formas de discriminação e no reconhecimento e implementação dos direitos assegurados a esses grupos vulneráveis.
“Além de nos trazer a celebração das vitórias e conquistas, o mês de junho nos lembra o quanto ainda temos que avançar na efetivação dos direitos da população LGBTQIAPN+ e, em especial, no combate à homotransfobia. E, sem dúvida, a educação quanto às diversidades é de fundamental importância nesse sentido”, disse a promotora.
Anderson de Andrade, promotor de Justiça de Defesa da Educação, participou da mesa de abertura do seminário e afirmou que: “Esse é um tema que traz muito preconceito e violência, mas o MPDFT tem atuado judicialmente e extrajudicialmente para defender todas aquelas pessoas que sofrem discriminação. O Ministério Público está de portas abertas”, falou.
Iniciativa do deputado Fábio Felix (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos, o seminário teve como objetivo discutir os melhores caminhos e práticas pedagógicas para garantir a inclusão e a proteção de crianças e adolescentes LGBTQIAPN+ no ambiente escolar.
O evento aconteceu no auditório da casa e teve uma programação diversa, que incluiu uma mesa de debate com o tema “Uma Educação cidadã e protetora para todas”, com a participação do pedagogo e coordenador do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat/DF), Kaleb Giulia; do educador e escritor Pedro Ivo; da professora e doutoranda em Educação pela UnB, Ellen Cintra, e do estudante secundarista e militante do Coletivo Juntos!, Andrey Nascimento.
A segunda mesa colocou em discussão “a invenção da ‘ideologia de gênero’ e o cerceamento das identidades dissidentes”. Os palestrantes são: Camila Galetti, socióloga e ativista do Coletivo Juntas!; Vinicius Mota, psicólogo; Keka Bagno, assistente social e mestra em Políticas Públicas, e Cristiano Lucas, pedagogo e doutorando em Educação pela UnB.
Mês do orgulho
O evento acontece durante o mês do orgulho LGBTQIAP+, celebrado no mês de junho, em memória à chamada revolta de Stonewall, que aconteceu em 1969, em Nova Iorque, que foi desencadeada quando um grupo de homens homossexuais decidiram enfrentar a violência policial, da qual eles eram vítimas. Como protesto, ele ficaram confinados dentro do bar. Nesse período, o grupo recebeu apoio de uma multidão de gays e lésbicas que ficaram do lado de fora. Juntos, os clientes deram as mãos e pediram que respeitassem o direito básico: o de existir.