Segundo a comissão, a alteração da expectativa de público teve impacto na segurança dos torcedores
A Comissão de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios de Futebol fiscalizou a partida entre Santos e Flamengo realizada no Estádio Mané Garrincha na última quarta-feira, 1 de novembro. O procurador distrital dos direitos do cidadão, Eduardo Sabo, e os promotores de justiça Bruno Vergini, Cláudio João Medeiros e Marcel Nóbrega de Araújo estiveram no local para verificar as condições de segurança oferecidas aos torcedores.
Na avaliação de Eduardo Sabo, o aspecto negativo observado pela comissão diz respeito à alteração da expectativa de público dois dias antes da partida. A preparação havia sido feita para um público de 42 mil pessoas, mas, na segunda-feira, a estimativa foi alterada para 60 mil. De acordo com o procurador, essa mudança teve impacto no fluxo da entrada de torcedores, na vistoria, nas catracas e nas possíveis rotas de fuga, pois as escadas foram ocupadas de forma indevida.
O aumento do número de torcedores também demandaria mais seguranças particulares, mas não foi o que ocorreu. Segundo os membros do MPDFT, havia 136 seguranças a menos do que o necessário para o público de 60 mil pessoas. “Vamos requisitar os relatórios de segurança e expedir recomendações para que mudanças desse tipo não voltem a ocorrer a poucos dias da partida”, informou Eduardo Sabo. Também foi verificada a venda indevida de água em garrafas plásticas. Durante o jogo, alguns torcedores jogaram garrafas no campo. “Essa atitude deve ser coibida e evitada”, reforçou Sabo.
Iniciativa
A Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios do MPDFT atua de forma integrada à Secretaria de Segurança Pública e a órgãos como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o Detran, a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal. Além de fazer vistorias prévias aos estádios, a comissão fiscaliza os eventos esportivos para garantir o cumprimento do Estatuto do Torcedor.