Iniciativa busca conscientizar a população e fortalecer a rede humanizada de enfrentamento ao desaparecimento.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio do Núcleo de Direitos Humanos (NDH), realizará nos dias 28 de novembro e 5 de dezembro, a partir das 11h, ações de sensibilização na Rodoviária do Plano Piloto e na Rodoviária Interestadual, como parte do projeto Desaparecimento em Foco. A proposta é ampliar o diálogo com a população e disseminar informações essenciais sobre prevenção ao desaparecimento de pessoas.
Durante a ação, a equipe do NDH prestará orientações diretas ao público, esclarecendo dúvidas, desmistificando informações equivocadas e apresentando boas práticas sobre como agir diante do desaparecimento de alguém. Também haverá atendimento espontâneo e distribuição de materiais informativos com instruções e contatos úteis.
A iniciativa soma esforços ao trabalho que o Governo do Distrito Federal tem desenvolvido, com apoio do MPDFT, para instituir a Rede de Atenção Humanizada ao Desaparecimento de Pessoas e para publicar o Plano de Ação Integrado, que organiza rotinas e procedimentos interinstitucionais de prevenção, resposta rápida e ações pós-desaparecimento.
O projeto Desaparecimento em Foco integra o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), criado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e implementado pelo MPDFT no Distrito Federal. O Plid utiliza o sistema Sinalid, que a partir de alimentação pode cruzar dados de diferentes bases, boletins de ocorrência, cadastros socioassistenciais e registros hospitalares, para facilitar a identificação de vínculos entre pessoas desaparecidas e pessoas encontradas em situação de vulnerabilidade, como em hospitais, abrigos ou em situação de rua.
A atuação do NDH é pautada pela escuta humanizada, pela articulação contínua com a rede de proteção e pelo apoio qualificado às investigações, com foco em localizar pessoas desaparecidas e evitar novos casos.
A promotora de justiça Polyanna Silvares, coordenadora do NDH, destaca que não é necessário esperar 24 horas para registrar um desaparecimento e que é essencial promover a justiça e o apoio efetivo às famílias. "Nosso objetivo é conscientizar a população e demonstrar que há apoio institucional disponível. Muitas famílias não sabem por onde começar ou desconhecem que existe uma estrutura especializada capaz de agir rapidamente para buscar soluções”, afirma.